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Detalhe da primeira camisa da história do Orlando Magic, confeccionada em Durene.
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A história do uniforme preto do Orlando Magic

  • Igor Coelho
  • 01/08/21
  • 9 minute read

Uma das camisas mais famosas da NBA teve influência até da Disney

Essa publicação foi motivada por uma parceria entre o Camisas da NBA e o perfil oficial brasileiro do Orlando Magic no Twitter. Tratava-se de uma eleição para apontar o uniforme mais bonito da história da franquia.

Na história da NBA há inúmeros uniformes inesquecíveis. Seja por sua beleza, pelos jogadores que o vestiram ou por alguma conquista importante. Há uniformes que, mais do que isso, ajudam a contar a história da sua franquia. Nesse texto eu vou homenagear um dos mais famosos e importantes da história da NBA: o uniforme preto com listras brancas do Orlando Magic.

Para ajudar a contar essa história voltarei a 1987, quando o Orlando Magic se preparava para o draft de expansão que marcaria sua entrada na NBA dois anos depois. A franquia não ignorou o fato de ter como “vizinho” o mais famoso parque temático do mundo. Depois de receber mais de 5 mil propostas de todos as partes dos Estados Unidos, foram artistas da Walt Disney que finalizaram o logotipo oficial. Nele, uma estrela substituía a letra A da palavra Magic.

Esse foi o ponto de partida para que o Orlando Magic, em parceria a agência The Advertising Works, criasse a primeira coleção de uniformes da história da franquia. Pat Williams – ex-jogador de basquete e primeiro vice-presidente da franquia – sugeriu que as cores principais fossem preto e dourado, como a sua alma mater Wake Forest University. A ideia não foi bem aceita, entre outros fatores, porque eram as cores utilizadas pela universidade local, a Central Florida.

O preto permaneceu e ganhou a companhia do azul e do prata. Depois de um ano e meio e 7 projetos de uniforme, o Orlando Magic definiu suas roupas oficiais: para os jogos em casa um uniforme branco com listras pretas; como visitante usariam preto com listras brancas. Essa estampa com listras finas era conhecida como pinstripe.

Origem das pinstripes

Essa estampa listrada nem sempre foi chamada de pinstripe. A mais antiga referência ao termo está, provavelmente, no livro “Os Contos de Cantuária”, escrito por Geoffrey Chaucer em 1392, quando o traje de um personagem é descrito assim: “a homely parti-coloured coat girt with a silken belt of pin-stripe stuff”. Numa tradução livre para o português: “um casaco colorido, cingido com um cinto de seda feito de listras”.

Essas listras se tornaram uma estampa para tecidos no começo do século XIX. O momento no qual elas começaram a tingir peças de roupa é impreciso e há duas teorias aceitas: uma delas indica que praticantes de esportes náuticos adotaram a estampa como forma de identificação da sua classe; a outra teoria aponta para a Europa, onde funcionários de bancos usavam calças com listras finas que variavam de cor conforme o banco onde o indivíduo trabalhava. Só no século XX, nos Estados Unidos, as pinstripes começaram a aparecer também nos paletós. Embora fosse uma estampa mais comum entre os homens, há registros artísticos que retratam mulheres usando.

Nas décadas de 1920 e 1930 ela começou a ser conectada ao comportamento gângster e fora da lei. Listras finas eram a padronagem dos ternos usados por alguns frequentadores de bares clandestinos durante a Lei Seca nos Estados Unidos. Ela também se tornou popular entre músicos de jazz – que, eventualmente, se apresentavam nesses bares. Com o fim da Lei Seca, estrelas do cinema como Cary Grant e Clark Gable ajudaram a tornar a estampa melhor aceita. Marlene Dietrich foi uma das primeiras mulheres a adotar o estilo. Ela fez da estampa tipicamente masculina um terno acomodado ao seu corpo, transformando-o em um traje ultra elegante.

  • "The Woman in Breeches", de Francois Lafon, em 1753.
  • Bill Cissell, do Chicago Cubs, em 1907.
  • "The Woman in Breeches", de Francois Lafon, em 1753.
Ator Lon Chaney, (anos 30); Bill Cissell, do Chicago Cubs (1907); “The Woman in Breeches”, de Francois Lafon (1753).

No esporte, as listras finas têm uma forte ligação com o beisebol. O New York Yankees é o time mais reconhecido por esse padrão, mas o primeiro a adotá-lo foi o Boston Braves, em 1907. Na World Series do mesmo ano o Chicago Cubs também adotou as listras.

As pinstripes também são muito conhecidas pelo nome de “riscas de giz”. Para os estudiosos da moda há diferenças entre “pinstripe” e “chalk stripe” (que significa “risca de giz”). Muda a espessura da linha, o espaçamento, o método de costura, mas não vou me aprofundar nisso. Até os dias atuais, essa estampa é um estilo considerado elegante, aplicado a inúmeras peças de roupas, acessórios e que frequentemente se apresenta como tendência de moda.

Voltando ao basquetebol…

As primeiras experiências com pinstripes no basquete ocorreram na década de 70, quando a Medalist Sand-Knit incluiu peças com esse padrão em seu catálogo. Embora fornecesse material esportivo para diversas franquias da NBA, foram os times universitários os primeiros a produzir uniformes listrados. Destaco aqui os Blue Demons da DePaul University, de Chicago, que ostentavam suas pinstripes no short e no painel lateral da camisa; e os Golden Eagles e Marquette, com listras horizontais ousadas e extremamente incomuns.

Não deixe de notar os penteados espetaculares dos jogadores dos anos 70.

A grande inovação

Na NBA o único time que ensaiava algo parecido com as pinstripes era o recém fundado Charlotte Hornets, mas com listras mais largas e espaçadas, bem diferente. Os uniformes de basquete eram fabricados em um tecido à base de nylon que impedia a reprodução das listas finas idealizadas pelo Orlando Magic e sua agência.

A confecção responsável pelos uniformes se chamava MacGregor e ela teve participação fundamental nessa história! Depois de muitas tentativas e erros, encontraram a solução em um tecido chamado em Durene, composto de algodão e poliéster, que já era utilizado por times de futebol americano e hóquei. Ele era confortável para os jogadores, não se tornava pesado com o suor e… permitia o uso das listras! Além disso, a MacGregor desenvolveu um tom de azul exclusivo para o Orlando Magic. Era um azul bem vivo, um tom “elétrico” que equilibrava perfeitamente o contraste entre branco e preto.

A diferença entre o tecido do uniforme do Orlando Magic e os demais era nítida. Os uniformes de jogo tinham compunham seus logotipos, basicamente, de duas formas: com camadas de cores costuradas umas sobre as outras, como no caso do Sacramento Kings (Rodney McCray) ou com uma estampa brilhante e de aspecto emborrachado, como no Detroit Pistons (Joe Dumars). O exemplo do Indiana Pacers (Reggie Miller) é especialmente interessante, pois combinava a estampa do logotipo e do número com o acabamento costurado do fio branco acima e abaixo do logotipo.

Independentemente disso, havia uma similaridade: o mesmo tecido à base de nylon nas três camisas. É possível notar os pequenos furos que facilitam a evaporação do suor. Já o uniforme do Orlando Magic (Reggie Theus), confeccionado em Durene, tem um tecido sem furos, visualmente parecido com algodão, com as pinstripes impressas diretamente nele. Além das estampas aplicadas em camadas costuradas. Clique nas imagens para ampliar e observar os detalhes que mencionei.

Não é minha intenção entrar nos aspectos técnicos da confecção, mas essas imagens ajudam a explicar porque foi necessária uma solução em outro tecido. Não era possível estampar as pintripes, pois deixariam o uniforme inflexível e o seu desgaste arruinaria a aparência. Nem era possível costurar, pois a camisa ficaria mais pesada, cara e desconfortável.

Esta foi a versão final do primeiro uniforme preto da história do Orlando Magic. A camisa tinha mais de 15 listras brancas só na parte da frente, o logotipo e os números em estilo manuscrito se destacavam de tudo o que a NBA tinha visto até então. Uma obra absolutamente única.

Numa época em que a confecção dos uniformes tinha etapas artesanais, preciso destacar a lindíssima estrela prateada que substitui a letra A no logotipo. Ela é costurada com uma linha brilhante que deixa o uniforme ainda mais exclusivo. Na minha opinião é o grande destaque da camisa.

Os shorts seguiam o estilo em pinstripes. Uma larga faixa branca e azul na cintura equilibra a aparência do jogador e da o tom esportivo necessário. Nas duas laterais a larga estrela prateada se repete, também costuradas com a linha brilhante.

Esse uniforme une um desenho inovador à uma combinação de cores perfeita. Consegue, ao mesmo tempo, ter o aspecto mágico e encantador que um time da cidade da Disney merece, mas também se conecta ao brilho e à intensidade da noite na Flórida.

Em jogo ele se comportava muito bem. Apesar de todos os detalhes e dos números em estilo nada convencional, era fácil identificar os jogadores.

O uniforme branco, dos jogos como mandante, exibia o nome do time, Magic. E nos jogos como visitante o uniforme preto tinha o logotipo Orlando. Essa era a combinação mais comum na NBA. Alguns times, entre eles o Boston Celtics e o Los Angeles Lakers, estavam adotando um padrão que exibia o nome do time nos dois uniformes. O Orlando Magic escolheu ser conservador nesse aspecto e esperou para ver se outras franquias seguiriam o mesmo caminho. Só em 1998, no primeiro rebrand da franquia, o uniforme para os jogos como mandante passou a ostentar o logotipo Magic.

A MacGregor continuou pesquisando soluções para a impressão do uniforme. Durante a temporada 1990-91, a segunda do Orlando Magic, foi introduzido o uniforme à base de nylon, igual ao dos demais times. A impressão usava uma técnica chamada sublimação para reproduzir as pinstripes e a palavra Orlando. Apenas a estrela prateada e os números eram feitos com camadas costuradas.

Observe as imagens acima. À esquerda o primeiro uniforme do Orlando Magic, confeccionado em Durene, mais pesado, com o logotipo e a estrela colados no tecido. À direita o uniforme lançado na temporada 1990-91, com o mesmo layout, mas confeccionado em tecido esportivo, impresso em sublimação. É possível notar os pequenos furinhos do tecido na área sublimada.

O “primo” azul alternativo

Na temporada 1994-95 ocorreu uma mudança importante. O Orlando Magic seguiu a tendência da época e lançou um terceiro uniforme.

Ele tinha o mesmo layout do branco e do preto, mas a cor predominante era azul – aquele mesmo azul exclusivo, desenvolvido pela MacGregor. Nasceu promovido a uniforme de visitante e o nosso protagonista, o preto, foi transformado em uniforme alternativo. Ambos eram usados apenas em jogos como visitante, porém o azul com maior frequência.

Se o Orlando Magic tinha três versões bem sucedidas do mesmo uniforme, muito se devia à excelente combinação de cores. Doug Minear, presidente de The Advertising Works e líder do projeto dos uniformes, acreditava ter finalizado um projeto especial: “Eu realmente sinto que, com o tempo dedicado ao design e aos detalhes deste projeto, criamos o que será o uniforme mais bonito da NBA”. Ele tinha uma forma peculiar de defender a escolha das cores:

Optamos pelo preto como cor-base porque 16 times da liga usam azul. E, psicologicamente, os times que vestem preto são os mais intimidadores.

Doug Minear, presidente de The Advertising Works e líder do projeto dos uniformes

“Pinstripes” ao longo da história do Magic

Com o passar das temporadas, o Orlando Magic foi testando novas formas de exibir suas listras. Na maioria das vezes com aplicações extremamente bem sucedidas, que criaram uniformes inesquecíveis. Separei na galeria abaixo as versões com pinstripes em fundo preto que a franquia já vestiu.

2001-02: pinstripes na lateral do uniforme de Tracy McGrady
2006-07: o uniforme original ressurge como modelo retrô.
2012-14: na tradicional “Noche Latina” o Orlando Magic tinha seu uniforme especial.
2013-14: pela segunda vez o uniforme original foi reativado.
2017-21: a versão modena do uniforme fabricado pela Nike.
2019-21: nas laterais do uniforme Statement Ed. há um pequeno segmento listrado.

Para a temporada 2020-21 o Magic colocou listras até no chão da sua quadra, mais especificamente no garrafão. Não sei se gosto, nem se o adereço era necessário. As listras das extremidades com pouco espaço para o lado me incomodam. Mas não deixa de ser mais uma evidência do quanto esse time se identifica com o padrão estético listrado.

Outros times seguindo a moda

O Orlando Magic abriu as portas da NBA para os uniformes listrados e eles ficaram de vez. Se tornaram uma febre no final dos anos 90, andaram meio sumidos no século XXI, mas já retornaram com força.

Charlotte Hornets, Chicago Bulls e Indiana Pacers são outras franquias que criaram uniformes instantaneamente clássicos com suas pinstripes. Mas o Los Angeles Lakers e o Houston Rockets já experimentaram algo parecido e até no All-Star Game de 2020 elas apareceram!

Reggie Miller, do Indiana Pacers.
Domantas Sabonis, com a versão moderna do uniforme riscado dos Pacers.
Baron Davis, com pinstripes duplas no Charlotte Hornets.
LaMello Ball, com a versão moderna dos Hornets.
Steve Kerr e o lendário uniforme listrado dos Bulls.
Thaddeus Young, com o uniforme Statement Edition 2019-20 que referencia o clássico dos Bulls.
LeBron James no All-Star Game de 2020, em Chicago. Outra referência ao uniforme clássico.
Steve Francis, com o uniforme ousado que o Rockets usou entre os anos 90 e 2000. Pinstripes um pouco mais largas.
LeBron James com uniforme Statement Edition 2018-19 dos Lakers. As pinstripes são, na verdade, frases muito pequenas.

Palavra final

Esse uniforme não está entre os mais especiais da história da NBA por acaso. Ele é excepcional, um 5 de 5, com louvor. Tem ótimas cores, muito bem equilibradas, um layout super coerente com a cidade onde nasceu e conseguiu estabelecer um estilo próprio para o Orlando Magic nos mais de 30 anos da franquia.

Foi o uniforme perfeito para uma franquia de expansão chamar atenção. Único em seu estilo, se torna facilmente identificável e não deixa dúvidas sobre qual o time que está em quadra. O estilo certo para Shaq, Penny, T-Mac, D12 e tantos outros craques se vestirem.


Conteúdo bônus

Deixo vocês com essa joia que encontrei durante a pesquisa para produzir este artigo. É um vídeo com a cerimônia de apresentação do Orlando Magic no primeiro jogo de sua história. É legal observar o cuidado com o espetáculo e como o time é ovacionado, mas é engraçado ver como as coisas ainda eram meio cafonas, só pra usar uma expressão da época, nos anos 80.

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Igor Coelho

A mente chata por trás deste site. Igor trabalha com comunicação e marketing e coleciona camisas de basquete. Prefere uniformes brancos aos coloridos. É aficionado pelos detalhes que fazem das marcas da NBA e das suas franquias tão admiradas.

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